A morte espreita quieta na noite tão fria
Enquanto a chuva molha o mundo ao seu redor
Não há ninguém que possa andar com alegria
Porque a escuridão teima em distribuir dor…
A morte de roupagem negra e tão sombria
Não escolhe lugar, e por onde ela for
Levará destruição, perdas louca sangria
Como uma ave de agouro intenso e grande rancor
A morte passa e lenta e fria vai jogando
As suas garras esguias sofrimento causando
Sem olhar qual pessoa deixou de existir.
É por isso que nunca devemos deixar
De procurar viver bem, devemos amar
Devemos procurar c’a morte competir.
Ilustração de Ramon Lima Brandão “DEPOIS DO NADA”.
Amei a poesia. Belo soneto triste…
Pela situação atual. Vamos sobreviver.