_ Cumadi, cê vai votá ni quem?
_ Nun sei não, sô. Por que?
_ Cê sabe sim, num qué mi falá pr’eu num votá iguar.
_ Ocê larga de sê bobo, seu Zé. Acha mes que eu ia dizê pr’ocê ni quem eu vô votá?
_ Pur que qui não, uai?
_ Pr’ocê í lá e cupiá di mim? Es nun diz que o voto é secreto? Nun vô contá não.
_ É que eu num sei iscoiê os candidato. Es nem viero aqui na vila dessa vez.
_ Acho que es tá tudo cum medo de sê discuberto nas ladroage. Num sei nem quem vai sê o prisidente. E a gente pricisa sabê direitinzim in quar votá. O pobrema, cumpadi, é que as pessoa num si interessa di sabê quem pode sê mió o menos pió e vota de quarqué jeito.
_ Mudano a prosa, cumadi, cê vai n’aonde agora?
_ Lavô comprá verdura pro armoço de amanhã. Vai vim um primo da cidade armuçá cum nóis.
_ Ah é? E ele vem sempre vê oceis?
_ Vem nada, sô. El só vem vê a gente quando tem eleição. Ele é pulitico iguar aos otro.
_ Cê vai votá nele, cumadi?
_ Deus me livre, homi, el’ é iguar aos otro. Só qué sabê de pidi voto e some despois.
_ É muito difici, né cumadi. Mas vai lá.
_ Lavô sim, cumpadi. Despois nóis proseia mais.
_ Num seno di pulitica é mió. Mas eu vô caçá fundamento de sabê quar que vai sê baum pra nóis. Despois ti conto. Té mais.
_ Té mais vê,
Divertido!
Que bom que gostou.
Adorei!
Que bom que gostou.
Ri muito! Excelente!
Que bom que gostou.
Adorei…real e divertido! São bem assim as prosas nessa época!
Pois é, uma coisa que puxa a outra e que enrola tudo. Obrigado por comentar.