Insuportavelmente quieto e silencioso
Meu coração bate calado,
Tentando não ser ouvido.
Presa na sombra, imóvel, apagada,
Minha alma sussurra ao vento,
Na intenção de não ser sentida.
Meu corpo, como que atado a ferros,
Não move um músculo, um pelo,
Para passar despercebido…
Mas minha mente, irrequieta, doidivana,
Busca-te onde possas estar
E fantasia jogando-me em teus braços.
Faz meu coração bater descompassado
E minha pele arrepiar-se
Como se a tocasses…
Meu corpo entra em rebuliço
E se debate contra tudo que a razão
Define como o melhor a ser feito…
Mas será o amor, submisso a razão?
Será que o desejo pode ser contido
Por decisões pré-estabelecidas?
A busca do teu corpo me fascina
E o sonho quer se tornar real.
Mas será que não é um sonho
Sonhado por um único sonhador?
Minha alma, meu coração, meu corpo
Vão continuar contidos em silêncio…
Inquietante… Instigante.
Obrigado, amigo.