DIÁRIO DO COFINAMENTO 21 – Pão de Canela e Prosa
Pão de Canela e Prosa

DIÁRIO DO COFINAMENTO 21

DIÁRIO DO CONFINAMENTO – 21
Dia 11 de maio de 2020
D 54

Mundo:
Confirmados: 4.148.034; Casos recuperados: 1.428.161; Mortes: 284.124;
Brasil:
Confirmados: 162.699; Casos recuperados: 64.957; Mortes: 11.123;
Minas Gerais:
Confirmados: 3.237; Mortes: 119;
Juiz de Fora:
Confirmados: 307; mortes: 15.

Ontem foi o Dia das Mães.
Um dia das mães diferente. Não houve comemoração. Não houve aglomeração. Não houve visitas às mães, avós ou quem quer que seja. Ainda é proibido se encontrar. O confinamento exige que façamos reuniões virtuais, encontros virtuais, abraços virtuais. Quem tem mãe e avó viva contente-se de abraçá-las quando puder. Um abraço agora pode significar a morte dessas senhoras por contaminação do Vírus mortal. Quem tem ainda as progenitoras e parentes mais velhos, proteja-os. Não sejam afoitos e forcem encontros familiares. Afinal, dia das mães é todo dia do ano. Abrace sua mãe e sua avó o ano todo e – melhor dizer – mostre que as ama. Amor tem que ser demonstrado, tem que ser vivido, tem que ser do coração.
O vírus vai passar! Se todos nós acreditarmos com toda a força de nossos corações, vamos superar essa tragédia mundial. Estamos no olho do furacão. A pandemia está tomando corpo e vai “bombar” nos próximos dias. Continuamos tendo muitas mortes e muitos doentes com necessidade de internação. Muitas famílias desesperadas nas portas de hospital cobrando a internação do seu familiar e, como não há vagas, o desenrolar da doença é quase sempre fatal.
São muitos os mortos por Corona vírus? Muito mais do que se fala na mídia mais honesta. Muita gente está morrendo com outros diagnósticos porque não fizeram exames para confirmar a infecção. Então, estamos subestimando o número real de mortes. O que está acontecendo de verdade, ninguém nunca saberá.
O jornal de hoje mostrou que por todo Brasil houve mais contaminação e mais mortes. Mostrou que em todos os lugares do país, muitos deram o “jeitinho brasileiro” de se enganar e fizeram festas, reuniões, aglomerações. Há cidades brasileiras que mesmo estando em quarentena e fechamento do comércio, o povo está nas ruas fazendo compras, vendendo coisas, em alguns lugares churrasco na rua. E aí, a vovó, o vovô, aquele primo que tem um monte de doenças, vão morrer de corona vírus e não podemos colocar a culpa no sistema, nos hospitais, em sei-lá-quem, a culpa é de quem não faz o confinamento, não respeita o distanciamento social e, além de se expor ao perigo, serve de transportador, contaminante para quem não tem nada com isso.
O jornal mostrou também que há novos casos de contaminação, doença e morte por Sarampo. Isso é o cúmulo do absurdo, uma doença que foi erradicada e volta porque alguns “espertos” são contra tomar vacina. Talvez o Corona sirva para mostrar que a vacina é uma grande medida de prevenção. Quanto mais o tempo passa, mais vemos seguimentos da sociedade com algum grau de retrocesso, acho que isso é falta de cultura geral, conhecimento de história e leitura.
O presidente iria fazer um churrasco no fim de semana. Inicialmente com trinta pessoas, passou para mais de duzentas antes de desistir. Disse na mídia que era um churrasco fake. Mentiroso ou não, o churrasco proposto e falado e divulgado e criticado, serviu para que um monte de gente louca que o segue cegamente, também se achasse no direito de fazer churrascos e festinhas para as vovozinhas.
A Europa está fechada, Japão e China começam agora a pensar em uma reabertura gradual do comércio e lugares públicos. A França e a Itália ainda estão com as ruas vazias. Permitem cada foto linda. Mas não vão tirar, por favor. Nem os “campos de girassóis” – são quatro principais no Brasil – podem ser fotografados como dantes. Eles florescem todo ano. Ano que vem estará liberado tudo. Proteja seus velhos agora e os leve, se não para a Europa, para ver os campos de girassóis anos que vem.
Mas tem que ter cuidado e muito cuidado. A pandemia no Brasil ainda não atingiu o seu pico máximo. Muito perigo ainda corremos.
Com Deus sempre na nossa jornada pesada de sempre!

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Artur Laizo Escritor

Artur Laizo nasceu em 1960, em Conselheiro Lafaiete – MG, vive em Juiz de Fora há quatro décadas, onde também é médico cirurgião e professor. É membro da Academia Juiz-forana de Letras e da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete, Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas e presidente da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora - LEIAJF.

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