DIÁRIO DO CONFINAMENTO – 30 – Pão de Canela e Prosa
Pão de Canela e Prosa

DIÁRIO DO CONFINAMENTO – 30

DIÁRIO DO CONFINAMENTO – 30
Dia 02 de julho de 2020
D 123

Mundo:
Confirmados: 12.169.400; Recuperados: 6.696.322, Mortes: 552.104;
Brasil:
Confirmados: 1.759.103; Casos recuperados: 1.152.467; Mortes: 69.254;
Minas Gerais:
Confirmados: 66.864; Mortes: 1.445;
Juiz de Fora:
Confirmados: 2.480; mortes: 73.

O inverno está passando e vai chegar qualquer dia outras estações do ano. Nossos dias estão passando e outros dias também vão chegar e vão passar. Quando será que nós vamos passar dessa fase de confinamento, quarentena, medo? Não podemos viajar. Não podemos visitar amigos, parentes, pessoas que gostamos tanto. Não podemos ainda abraçar ninguém e nem mesmo tocar nas pessoas.
Quem está contaminado na rua? Quem no banco? Na fila do açougue? Na quitanda? Padaria?
Ainda existem tantas pessoas sem máscara nas ruas. Há quem tire a máscara para falar ao telefone. Para conversar com amigos na calçada. Há quem use a máscara para apoiar o queixo ou para ter algo na mão – ocultar o nariz e a boca nunca!
Será que as pessoas do mundo inteiro entenderam mesmo o que é essa doença? Entenderam que a virose não escolhe esse ou aquele, mas quando se instala de forma grave, vai deteriorar o músculo cardíaco, o parênquima (células) pulmonar, vai causar trombose, hemorragias, falência múltipla de órgãos?
Em muitos pacientes com derrames – acidente vascular encefálico – fulminantes não se pesquisou a virose. Muito menos naqueles que morreram de infarto agudo do miocárdio ou outras doenças fulminantes. A causa pode ter sido o Covid 19. Não se testou todo mundo. Não se sabe a real estatística da virulência, da mortalidade. Acreditam no vírus as pessoas que perderam entes queridos.
O presidente essa semana anunciou que está contaminado. Tentou de todas as formas e conseguiu estar positivo no exame de sangue. Espera-se que, com seu “perfil de atleta”, passe bem e saia da virose sem lesões. Algumas pessoas questionam a veracidade dessa contaminação principalmente depois que ele fez um comercial de Cloroquina como quem tenta vender creme dental ou margarina. Tem no governo um estoque de Cloroquina para muitos anos, mas a validade do remédio é só de dois anos. Ou vende agora, ou joga fora. Torço para que o presidente não tenha que ocupar um ventilador e passar por períodos de internação em unidade de terapia intensiva longe de seus familiares sendo mais um na estatística ruim da doença.
Vamos sair dessa? Vamos sim. O mundo já passou por outras pandemias e por outras situações muito ruins. Em todas o ser humano venceu com sabedoria, amor, estudo e além de tudo com humanidade. É através do respeito para com o próximo que todos nós vamos sair dessa crise e de todas as outras que ainda estão por vir.
O ser humano é capaz de amar. É capaz de criar. É capaz de fazer muitas coisas boas que vão fazer com que a humanidade sobreviva e continue a sua luta nesse planeta por mais alguns milhões de anos.
Eu confio no ser humano. Como diz Marco Mengoni: “Credo negli esseri umani che hanno coraggio di essere umani” – “Creio nos seres humanos que têm coragem de ser humanos”.
Que Deus continue a nos orientar qual caminho seguir!

Marco Mengoni – Cantor italiano. Música: “ESSERI UMANI”.

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Artur Laizo Escritor

Artur Laizo nasceu em 1960, em Conselheiro Lafaiete – MG, vive em Juiz de Fora há quatro décadas, onde também é médico cirurgião e professor. É membro da Academia Juiz-forana de Letras e da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete, Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas e presidente da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora - LEIAJF.

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