DIÁRIO DO CONFINAMENTO – AGORA COM COVID – 2 – Pão de Canela e Prosa
Pão de Canela e Prosa

DIÁRIO DO CONFINAMENTO – AGORA COM COVID – 2

MUNDO:
Contaminados: 74.423.687;Mortos: 1.652.906
BRASIL
Contaminados: 7.040.608; Mortos: 183.735
MINAS GERAIS
Contaminados: 477.697; Mortos: 10.855
JUIZ DE FORA:
Contaminados: 11.808;Mortos: 422 – Suspeitos: 40.133

Estamos em uma situação muito instável no nosso país. O mundo está iniciando a vacinação e o Brasil ainda com discussão do sexo dos anjos. A Inglaterra foi a primeira a vacinar alguém e além da Margareth Keenan e do Willian Shakespeare, vacinou uma enfermeira brasileira, Áurea de Souza. Ela é gerente-geral de um asilo no sudeste de Londres, administra uma equipe de dezenas de profissionais e supervisiona o atendimento de 52 idosos. Mora em Londres e pudemos ver a alegria da profissional que vai continuar cuidando de seus idosos e profissionais com mais segurança.
No Brasil, estamos discutindo se vamos tomar a vacina da China ou se vamos boicotar a China. Se vamos ser obrigados a tomar vacina ou não…
Esse não é o ponto!
A vacinação é uma forma de prevenção e erradicação da doença em massa. Não é o fato de uma pessoa não querer tomar vacina e não adoecer, é o fato de que essa pessoa não está se importando com a população ao seu redor.
Foi falado no jornal hoje sobre “o fumante que queria ter o direito de fumar em qualquer lugar e foi comprovado que fazia mal a todos ao redor; aquela pessoa que queria não usar o cinto de segurança e não era problema só seu, mas era sobrecarga ao sistema de saude”.*
Estou com Covid! Fui diagnosticado e estou em confinamento total. Complicado não sair de casa nem pra olhar a rua. Estou bem e vou continuar bem. Uma dúvida: estarei imune à Covid-19 depois que passar a doença? Não sei! Precisarei testar. Muita gente que teve a doença, não importa a forma grave ou leve, não ficaram imunizadas. Mas o fato de adoecer e se curar não quer dizer que você criou anticorpos contra a doença? Não! Quer dizer que seu corpo combateu o inimigo, mas não está preparado para uma segunda infecção. Você pode adoecer de novo. E a segunda vez é mais fraca que a primeira? Não se pode dizer nada. Não se conhece cem por cento a doença que estamos enfrentando e pode ser pior que a primeira vez. A segunda vez pode matar se a primeira não o fez. Não conhecemos a doença completamente.
Temos agora quatro vacinas a vacina Coronavac usa o vírus morto, inativado, as vacinas Astra-Zeneca, Oxford e Fiocruz e a Jansen usam vírus atenuado e, por fim, as vacinas da Pfizer e da Moderna usa o RNA do vírus. Todas as quatro são eficazes e seguras e eu tomarei qualquer uma delas. Aí um leigo politiqueiro, me perguntou se eu tomar a vacina já tendo tido a doença, não vou ser exposto a uma overdose. Meu Deus! Até onde vai a cegueira do povo desse país? Não enxergam além de política? Complicado! Não há necessidade de se tomar as quatro vacinas, ou mais doses do que se recomenda, mas há a necessidade de se imunizar para proteger a população do país inteiro.
Conseguimos erradicar a poliomielite no mundo, conseguimos acabar com o sarampo no Brasil… O sarampo está voltando. Por quê? Porque temos um grupo de idiotas, mal informados, sem cultura, sem memória histórica que são contra a medicina preventiva e isso também quer dizer vacina! As doenças graves que assolaram o mundo no passado têm que estar na nossa lembrança. Hoje temos uma capacidade muito maior de resolver as coisas. Temos muito mais tecnologia para aprovar uma vacina com menor tempo de estudo e garantia para todos. Uma outra pessoa disse também que não vai tomar a vacina antes de dez anos de uso da vacina porque era assim no passado. Quando passarem os dez anos, essa pessoa vai estar morta, Deus queira que não seja pela Covid-19. O momento é agora!
Que Deus continue iluminando os pesquisadores e os cientistas para que sobrevivermos aos ignorantes.

*Marcelo Lins – Estudio I – Globo News.

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Artur Laizo Escritor

Artur Laizo nasceu em 1960, em Conselheiro Lafaiete – MG, vive em Juiz de Fora há quatro décadas, onde também é médico cirurgião e professor. É membro da Academia Juiz-forana de Letras e da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete, Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas e presidente da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora - LEIAJF.

7 comentáriosDeixe um comentário

  • É isso. Muito bem colocado. Pontos relevantes a serem destacados e esclarecidos. O NÃO tomar a vacina compromete a muitos. É difícil acreditar que enquanto aguardamos a vacina como salvação do mundo ainda possa existir mentes tão pequenas, incapazes de enxergar o caos. Triste… Grata mais uma vez por compartilhar esse SOS urgente.

  • Mostrou toda à sua grandeza expondo o fato, àqueles que te rodeiam. Como sempre, franco, reto e fiel no seu relato. Utilizando as letras (que te acalenta) suas amigas inseparáveis, nesta, que é uma das piores quadras da humanidade, para alertar os seus pares. Por conseguinte, Mestre Artur. você, na Medicina, como eu, na sublime Enfermagem, enfrentamos vários inimigos – também invisíveis e traiçoeiros – , temidos, e vencemos. Mestre Artur, o que dizer da famigerada Tuberculose, da repugnante Meningite, da preconceituisa HIV, da nefasta Hepatite C, e, mais pro final, a mundial H1N1… Então, amigo de longas jornadas: Força!

  • O Diário do Confinamento deveria ser lido por todos !!
    Imagina!
    Histórico!
    O dia a dia , da PANDEMIA ! Relato interessantíssimo!!
    Crianças e jovens terão uma RELÍQUIA em suas mãos, num futuro bem próximo!

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