Esquecer-te,
Me é tão fácil!
Não contarei os anos de convivência,
Não me lembrarei de teus olhos,
Não mais pensarei no teu corpo,
“IMPAR”
Não mais vou querer o calor,
a volúpia,
a loucura,
o ímpeto,
Que te são próprios!
Esquecer-te-ei!
Com certeza já não penso mais
No que foste,
pois não és mais…
Percorres agora um caminho vazio,
Que não compartilharei
E não tenho como dar-te a mão,
– não a queres!
Não quero ver-te mais!
És hoje o espectro do ser maravilhoso
Que conheci!
Não quero viver do nosso passado
Já que presente não temos.
Não quero ver-te na lama.
Não quero mais você.
Se foste o máximo,
Sou muito mais!…
Solidão?
Aparecer-me-ão outros amores,
Quem sabe alguém venha a se tornar
Tão especial?
Esquecer-te?
Há de me ser fácil!