Nasci entre as montanhas
De Minas Gerais.
Era morro que não acabava
E eu subia a minha rua
Para admirar no morro em frente
O nascer da lua.
Minha terra deixei pra trás,
Há muito tempo,
Mas não sai do relevo mineiro.
Hoje vivo em outra terra
Que me parece
Ser o morro que eu subia
Para ao longe ver o outro morro.
Nasci em Conselheiro Lafaiete,
Moro em Juiz de Fora.
Deixei uma sem muito confete
Pra viver nesta d’agora.
Minas é terra boa
Que nos dá o que queremos,
Tem do barroco até o moderno,
Tem do “bão e do mió”.
Quem não conhece essas paragens,
Não consegue imaginar.
Minas tem pão de queijo,
Ora-pro-nobis, frango, queijo,
Cachaça boa.
Nas montanhas dessa terra,
Ja passaram muitos namorados.
Por aqui tem muita poesia,
Poetas, romancistas e letristas,
Tem artista de toda arte,
Tem música em toda parte.
Hoje, por essas terras mineiras
Vivo bem apaixonado,
Não conseguiria viver bem
Se não fosse em “mineirês”.
O mineirês é minha língua! Excelente, Artur!
Muito obrigado. É a língua de todos nós.
Gosto muito da prosa do Artur.
É muito boa mesmo. Obrigado por comentar.