Pão de Canela e Prosa – Página: 32 – Onde as palavras têm sabor
Pão de Canela e Prosa

MORTE NA RUA BRÁS BERNARDINO – CAPÍTULO 3

Gilson Carlos Rodrigues e o marido Claudio Fonseca eram casados há quatro anos, moravam no apartamento quinhentos e seis desde que se casaram. Gilson tinha trinta anos era professor de Geografia na Universidade Federal e Claudio ensinava matemática no Colégio Pio XII no centro da cidade. Primeiro entrou Gilson. O rapaz de cabelos pretos, olhos...

MORTE NA RUA BRÁS BERNARDINO

PRIMEIRO CAPÍTULO Nenhum grito, apenas o baque surdo do corpo sobre o capô do carro estacionado na Rua Brás Bernardino. O alarme do carro disparou e dois porteiros correram às portas dos prédios para ver o que estava acontecendo. O susto grande, Clerison parou estático e foi Geraldo Elias quem se aproximou da mulher de vinte e seis anos que...

A PACIENTE IDOSA

Hoje, eu estava no consultório e chegou uma paciente de noventa e dois anos que operei de colecistectomia – o procedimento foi feito na senhora de idade avançada devido à urgência do quadro. Ela entrou sorridente e depois de um abraço caloroso, me disse que estava muito bem salvo alguns momentos que sentiu dor localizada ou algum...

ÁGUA

CHUVA E BURACO É impressionante como tem buracos nas vias públicas da cidade. De qual cidade? De todas que atualmente estão sendo devoradas pelas chuvas, enchentes e em consequência disso, desabamentos, destruição e mortes. É incrível o número de cidades que apresentaram perdas imensas devido à essa temporada maior de chuvas. Chuva é...

ENCONTRO

No encontro dos corpos O amor, a dor, a excitação O desejo falando mais alto O cheiro, o gosto, o suor A noite convidando ao sexo A vida, a espera, a vontade As peles no contato mais íntimo A pele, os pelos, o carinho… Os corpos entrelaçados As pernas, os braços, os lábios O calor trocando de peito O peito, o ventre, o dorso Mais há...

LASANHA

Apesar do meu pai, quando eu era criança, encher a boca para dizer: “Nós somos italianos!”, minha família, desde a avó paterna que não era da Itália, jamais cultivou costumes e tradições italianas. Ninguém falava italiano nem com palavras, nem com gestos. De comida mineira e hábitos brasileiros, eu cresci. Sempre adorei...

O PACTO – 13º CAPÍTULO

Eles caíram e Augusto percebeu que estavam dentro da redoma de energia que protegia a igreja. Ele estava ferido. Tinha muitas queimaduras no corpo, as asas estavam quebradas e sentia dor imensa. Estava, no entanto, feliz. Ele conseguiu tirar o patrão do inferno. Estêvão aceitou a sua insistência e resolveu sair de lá, quebrar o pacto. Quando...

O PACTO – CAPÍTULO XII

Dentro da igreja, Selma começava novamente a se inquietar. Há quanto tempo estavam ali? Ela não sabia. Ninguém mais usava relógio de pulso e os celulares estavam todos paralisados. O relógio que tinha na parede ao lado do altar estava parado ao meio-dia. Será que todos estavam ficando loucos? O que será que estava acontecendo lá fora...