Quando a dor que destrói o coração é maior
Que a própria dor que o cria; quando o apito do trem
Que parte rasga nosso corpo como a lança
Mais dura e fria; quando não temos sentido…
E quando nossa vida parte-se em mil faces,
Vemos que é sempre tarde para amarmos a tudo…
É nesta hora que temos ânsias de morrer…
Ou de viver eterna e vagamente sós…
No amor que eu sempre cria, agora vejo-o morto.
E a esperança ventando, foi-se pra nunca mais…
Eu me entrego febril, dilacerado e tolo
Ao que me resta desta ruína bestial,
Sinto escapar-me a vida pela sua falta
E vejo-me perdido em minhas lembranças!…