Talvez a vontade de te ver fosse tanta,
Que nem me dei conta
De que dissera que jamais estaria novamente contigo!
Há coisas do coração
Que a razão não tem controle!
E hoje, eu te procurei,
Hoje eu te busquei
E talvez rechaçado pela sua indiferença,
Agora, sozinho, ponho-me a escrever-te…
Verás, cara amiga, que não me terás
Uma outra vez, um momento sequer,
Se não me quis quando nos quisemos,
Se não me esteve, quando te estive presente…
Não há o que fazer,
Não há o que dizer,
Não há conserto…
Hoje estamos ambos sós,
Sofrendo?!…
Claro!
A ausência é presente em ambos.
E a distância?
Talvez a distância
Aproxime a falta,
Falta a presença.
Presente a derrota…
Somos ambos derrotados no amor
Que temos e não soubemos manter…
Talvez a vontade de te ver seja tanta
Que ponho-me a escrever-te…
Como estarás?
Com quem estarás?
Será que com quem estás
Supra-te a vontade de estar comigo?