A diferença é que ele dizia:
“Eu faço versos como quem morre,
De desalento, de desencanto.”
Eu faço versos
Também sofrendo,
Às vezes rindo,
Brincando
Até mesmo quando ouço
“tocar um tango argentino”.
Não tive “pneumotórax”,
Também não gosto de “sapos”,
Mas quando criança
Adorava meu “porquinho da Índia”.
Somos parecidos na poesia,
Graças a ele escrevo feliz,
Por sua influência,
Faço versos livres, até exdrúxulos,
Crio neologismos, mas adoro “Teadoro, Teodora.”
“Eu gosto de delicadeza”
E de amor puro
Intenso
Que possa extravasar “o beco”,
Mas quando for escrever “meu último poema”,
Quero ser lembrado,
Como ele,
Por uma vida simples,
Por ter sido implicante,
Por ter levantado Bandeira.
E quando eu morrer,
Não quero ser esquecido.
A obra fica, mas o nome
rende-se “ao poder destruidor do tempo, como as lápides.”
E eu sou assim,
Sorridente,
Feliz,
Infeliz,
Ansioso…
E como ele posso dizer:
“Eu já tomei tristeza, hoje eu tomo alegria.”