Um dia, você se sente mal e é preciso tomar um remédio.
Um dia, você sente que não está bem e passa a tomar um ou dois remédios.
Um dia, você já está tomando muitos remédios todo dia.
Um dia, você luta para se sentir bem e os vários remédios que vc toma, aliviam.
Um dia, os milhares de remédios e cuidados e restrições e infelicidade, não resolvem mais.
Um dia, o corpo avisa que está começando a descer a ladeira.
Um dia, o corpo mostra que é só pra baixo, sem volta.
Um dia, você não percebe, mas já está quase no fundo.
Um dia, esse fundo chega.
O corpo envelhece!
Os órgãos são comprometidos
E engasgam,
Tossem,
Espirram
E gritam
E pedem para descansar
E nós não percebemos,
Ou não queremos enxergar.
Não há troca de peças,
Não há reparação naquilo que os anos comprometeram,
Não há o que fazer!
Esperança?
Somente a de viver o final sem dor,
De passar por essa transição da melhor forma.
Não há como escalar de volta
Essa ladeira de mão única,
Não há como escapar desse desfecho.
A vida passa,
O corpo avisa
E a gente não enxerga.
‘Ladeira abaixo’ traz uma realidade séria, desconfortável e muito verdadeira. Reúne a um só tempo cientificidade e o senso-comum que muitos ignoram(os). Obrigada, Dr. Laizo por esse convite ao cuidado com a vida! Parabéns pela bem impactante receita (des)velada!
A realidade não é fácil! Parabéns, Artur!
Belas palavras. Esse é o caminho natural da vida. Esse “Um dia” chegará para nós.
Sem dúvidas
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