MONOTONIA – Pão de Canela e Prosa
Pão de Canela e Prosa

MONOTONIA

O dia passando
Como ventilador de filmes monótonos,
Comprido e quente,
Cheio de suor e lascívia,
Modorna e preguiça…
Um dia para se aproveitar,
Perdido
Porque é preciso descansar.
E o ventilador
Não modifica seu movimento
Lento,
Emético,
Desgastante,
E aquecedor.
A luz do sol no horizonte
Inunda a sala,
A alma,
A vida
E o ventilador empoeirado.
Nada acontece,
Nada!
Não se pensa em nada,
Não se faz nada,
Nada é importante,
Apenas a sombra
Do ventilador monótono
Que aquece mais que esfria,
Que aprisiona o ar,
Que encarcera o desejo,
Nesse dia quente,
Monótono,
Preguiçoso
E empoeirado,
Como o ventilador de filmes chatos!

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Artur Laizo Escritor

Artur Laizo nasceu em 1960, em Conselheiro Lafaiete – MG, vive em Juiz de Fora há quatro décadas, onde também é médico cirurgião e professor. É membro da Academia Juiz-forana de Letras e da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete, Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas e presidente da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora - LEIAJF.

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