Eu tenho medo Do silêncio! Eu tenho medo do silêncio Que no futuro encontrarei: Na mente, não terei como dividir minhas ideias, Na vida, não terei com quem conversar, Na alma, um frio imenso. Eu tenho medo Do silêncio! Tenho medo do silêncio Do meu corpo, Quando não puder mais Me movimentar E não tiver forças, E tiver que ser...
Autor - Artur Laizo Escritor
Entre o sacro e o profano, Vivo de bem com a vida. Não me preocupo Com a retidão E muitas vezes Caminho por linhas tortas. Faço aquilo que desejo, Não me importa seu valor. O pecado me atrai. Mas o que é pecado afinal? Entre a luz e a escuridão, Entre sombras e desejos, Entre paz e frenesi, O mundo está aí Para me oferecer O certo e o...
REVELAÇÃO – CAPITULO XIII Necessário o alvorecer Para não correr perigo, Ele viu acontecer, A mudança do inimigo. Do lobo no anoitecer, Um homem no seu jazigo, Paulinho a reconhecer: “Não sei se eu consigo”. Mas encheu-se de coragem, Como um galo em sua plumagem, Do corpo se aproximou. Virando o rosto da fera, Assustou-se...
A MORTE DA FERA – CAPÍTULO XIII Artur Laizo Ouviu-se um uivo tremendo, Assustando a escuridão, Ele estava percebendo Na boca, seu coração. O lobisomem gemendo, Acusava a posição, Mesmo Paulinho não vendo, Atirou na direção. O lobo tentou correr, Não tendo onde se esconder, Foi novanente alvejado. Caiu com a bala de prata, Se...
TIRO NO ESCURO – CAPÍTULO XII Artur Laizo Aproveitando o lugar, Descampado, todo aberto, Ouviu a fera fungar Sabia que estava perto. Para lá foi devagar, Não havia lugar certo, Nada para ele apegar Ele estava descoberto. Ouviu rosnar abafado E calor bem ao seu lado, Era a fera com certeza! Com a arma, ele então, Atirou na...
A FLORESTA – CAPÍTULO XI Artur Laizo A floresta era tão perto, Mas o cheiro tão intenso, Mostrava que ali por certo, Estaria um lobo imenso. Naquela hora tão deserto, Um caminho, um rapaz tenso, Que chegou em campo aberto Com um nevoeiro denso. Onde estás? – gritou Paulinho, Pois não estava sozinho, Não via o seu oponente. O...
O PLANO – CAPÍTULO X Artur Laizo Era noite e lua cheia, Ele não continha a espera, Sabia que era tão feia, Mas não sabia quem era. O seu plano era uma teia, Programado, uma quimera, A liberação da aldeia, Era o que sempre quisera. Armas em punho, esperança, Sua vida entre a balança, Vida e morte não sabia. Quando a lua...
DOR INFINDA – CAPÍTULO IX Artur Laizo Paulinho sofria ainda, Com a morte da sua amada, Daria a busca por finda, Concluindo sua caçada. Ouviu que uma mulher linda, Também fora assassinada, Na alma sua a dor infinda, Com a vingança esperada. Água benta, cruz e prata, Coisas que a fera mata, E razão bem mais que sorte, Esperava se...
A TRANSFORMAÇÃO – CAPÍTULO VIII Artur Laizo Reforçaram a prisão Esperando a cheia lua, Quando era a transformação, Ficando fora da rua. Matava sem compaixao, Por necessidade sua, No fundo do coração, Uma dor, intensa e crua. Não queria ser assim, Homem normal outrossim, Mas portava a maldição. Toda noite, a lua plena, O...
A FUGA – CAPÍTULO VII Artur Laizo Por isso, mesmo trancado, Sofria grande tensão, Não sabia se fechado, Ficaria no porão. Um amigo com cuidado, Trancava sempre o portão, Cadeado e ferro lacrado, E perto ficava não. Um dia, quando chegou, Na manhã, ele encontrou Cela aberta, destruída. Esperou o seu amigo, Não corria mais...