DIÁRIO DO CONFINAMENTO – 29 – Pão de Canela e Prosa
Pão de Canela e Prosa

DIÁRIO DO CONFINAMENTO – 29

DIÁRIO DO CONFINAMENTO – 29
Dia 02 de julho de 2020
D 116

Mundo:
Confirmados: 10.694.288; Recuperados: 5.480.394, Mortes: 516.210;
Brasil:
Confirmados: 1.456.969; Casos recuperados: 826.866; Mortes: 60.813;
Minas Gerais:
Confirmados: 47.584; Mortes: 1.007;
Juiz de Fora:
Confirmados: 1.944; mortes: 57.

Um prefeito legal de uma cidade cheia de casos de Covid 19 fez um vídeo sem usar corretamente a máscara e tossindo sem parar anuncia que “baixou um decreto abrindo o comércio todo na cidade e que morra quem morrer”!
Morra quem morrer! Claro! Vamos todos morrer inclusive ele que deveria estar se cuidando e dando exemplos à sua população. Será que tem mesmo capacidade para ser um líder? De repente, tem – ou deixa de ter – diplomas superiores. A política está mesmo nas mãos de muitos incompetentes. Muita gente que tem boa lábia se elege. Esses falastrões conquistam o povo que não sabe escolher seus governantes e o caos se instala.
Com relação ao Ministro da Educação – aquele que foi sem nunca ter sido -, ele não tinha necessidade de se pavonear com diplomas que não tinha. Vamos aguardar o que virá nesse setor aí.
A pandemia está avançando. Mato Grosso do Sul teve um aumento de casos de duzentos por cento. É muito! O número de casos em Minas não para de crescer. Aonde iremos? Ninguém sabe. Abrir ou não abrir escolas e academias? Salões de beleza e clínicas de estética? Voltar aos atendimentos eletivos na área médica ou manter somente o atendimento de urgência?
E no país, descobrem-se fraudes e fraudes em várias áreas. Até na compra de material para salvar vidas, há roubo! Há desvio de dinheiro em todos os setores. E aí a gente fica pensando: “O vírus só causa doença e mata”. Não há como acreditar em ninguém? Ninguém está fora do bolo de falcatruas generalizadas? O povo? Coitado do povo! Há aquelas pessoas que têm um plano de saúde e que ainda terão um atendimento médico-hospitalar se precisarem, mas o grosso da população – aqueles que estamos vendo nas ruas sem máscaras, aqueles que não acreditam na pandemia, aqueles que não querem, mas serão contaminados por familiares -, o grosso da população não vai ter vaga para ser atendido. A população tem que entender essa necessidade de não adoecer e não contaminar outras pessoas. A população tem que entender que as pessoas morrem porque passaram a vida se matando por abusos de álcool, tabaco, drogas, falta de cuidados com a saúde e se se contaminar, vai correr mais risco de morrer. Outra coisa que precisa ficar bem claro: Ordem judicial não cria vaga de atendimento hospitalar. A vaga existe ou não! A ordem judicial serve para fazer esse ou aquele paciente “furar a fila” porque é visto como prioridade. Confuso, confuso!
Para complicar ainda mais o mundo, já citei outras tragédias naturais, estamos com o risco ainda da nuvem de gafanhotos que está na Argentina e sofremos dias atrás de um furacão que destruiu muita coisa principalmente em Santa Catarina.
O Brasil é um país que não furacão, terremoto e nem vulcão – aprendemos isso na escola primária. Só falta aparecer um vulcão. Meu Deus! Precisa? Não! Não precisamos de mais desgraças naturais.
Precisamos de cuidado. Nessa pandemia que ainda avança, precisamos de distanciamento social. Precisamos de remédios. Mas antes de se notificar esse ou aquele remédio – Cloroquina, Invermectina, Anita -, que não foram definidos por estudos científicos como eficazes, precisamos que o povo acredite e se una. Precisamos de uma vacina. Só uma vacina pode evitar que tenhamos a doença e resolver a disseminação dessa morte invisível.
Vamos esperar que nosso país saia da pandemia, se recupere da crise financeira e volte a ser um “país tropical, abençoado por Deus”.
Que Deus abençoe a todos!

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Artur Laizo Escritor

Artur Laizo nasceu em 1960, em Conselheiro Lafaiete – MG, vive em Juiz de Fora há quatro décadas, onde também é médico cirurgião e professor. É membro da Academia Juiz-forana de Letras e da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete, Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas e presidente da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora - LEIAJF.

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