EDELVAIS – A FLOR DO AMOR – ALICE GERVASON – RESENHA – Pão de Canela e Prosa
Pão de Canela e Prosa

EDELVAIS – A FLOR DO AMOR – ALICE GERVASON – RESENHA

EDELVAIS – a flor do amor
Autor: ALICE GERVASON
Editora: Gryphon Edições
Ano de publicação: 2020
ISBN: 978-85-66938-47-0-1
Páginas: 64
Gênero: Poesias
Coleção Poesia em flor nº 1

O livro faz parte de uma coleção de dez poetas a quem foi destinada uma flor para cada um. O livro da Alice traz na capa a edelvais. A imagem da capa é de Mariana Carvalho com a supervisão de arte do artista plástico juiz-forano Petrillo. São quatro partes: poesias, quintas, aldravias e trovas.
A impressão foi feita em papel offset 90g e a capa em papel supremo 250g. A edição da coleção está primorosa como todos os trabalhos da Gryphon Edições.

Resenha: Alice abre o livro com uma apresentação sobre a Edelvais – flor dos Alpes, flor símbolo da Áustria e Suíça – em forma de poema. Discorre sua apresentação sobre a flor e sobre a sua própria vida literária, não deixando de fazer uma homenagem à tia Cléa Gervason Halfeld, grande escritora de Juiz de Fora. Alice tem a sensibilidade aflorada naquilo que escreve e em poemas como “QUISERA SER”, observamos o eu lírico desejando ser um pássaro para voar mais alto no céu, mas também a brisa para cair sobre a vegetação, ou o sol para aquecer o dia, queria ser a lua para encher a vida de sonhos, queria ser o melhor amigo e evolui dizendo que queria ser a flecha certeira pra mudar a humanidade. Apesar de querer mudar algumas coisas no mundo, Alice não deixa de agradecer a Deus por ter criado o amor – “a obra mais perfeita do Criador”. Em “HORA CERTA” ela chama a atenção das pessoas que esperam a hora certa para amar e para fazer coisas importantes para outras pessoas dizendo que “Estas coisas da vida/ não dependem do relógio/ porque não têm hora,/ muito menos hora certa”. “CARÊNCIA” nos mostra que carências materiais são fáceis de serem supridas, mas a carência afetiva, carinho, amor, são coisas mais difíceis de lidar. Em “DOCE AMOR” a avó faz uma homenagem aos netos que tanto ama e demonstrando o prazer de ter esses anjos que são sua vida. Sentimentos profundos de solidão, de ansiedade e de amor que são presentes na vida de todos os poetas, estão demonstrados nos poemas “INJUSTO VAZIO”, “PERFUME” e “INDIFERENÇA”. A obra de arte com trocadilhos está presente no poema “VISÕES” onde ela utiliza versos como os seguintes: “Ali se vê o céu/ Alice vê infinito”… utilizando-se do próprio nome ela criou um poema fantástico. Em vários poemas a autora agradece a Deus a sua própria existência e a do mundo em que vive.
Seguem-se nove quintas – forma literária que consiste em poemas minimalistas de cinco versos com duas palavras nos quatro primeiros e o segundo rimando com o último verso. Na terceira parte, Alice nos presenteia com trinta e duas aldravias – outra forma minimalista de poesia com poemas de seis versos cada um com apenas uma palavra. Conclui o livro com quatorze trovas bem elaboradas.
O livro da Alice é muito bom de ser lido. Tem uma poética simples e ao mesmo tempo cheia de profundo sentimento onde a autora abre seu coração e o compactua com o leitor.

A AUTORA:

ALICE GERVASON é natural de Santos Dumont – MG. Atualmente reside em Juiz de Fora e Aracitaba. Poetisa por prazer. É membro da Academia Juiz-forana de Letras, da Sociedade Brasileira de Poetas Aldravianistas, da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora, é correspondente da Academia de Letras, Artes e Ciência Brasil, fundadora e coordenadora da Academia Brasileira de Autores Aldravianistas Infantojuvenil de Santos Dumont. Publicou: MOMENTOS (2016), A LÍNGUA DA LUA (2018), ALDRAFABETANDO (2018), MULHERES DE PULSO (2019), LECO E SEUS AMIGOS MONSTRINHOS – SEM MEDO DE APRENDER e OLHOS DE ESMERALDA.
Contato: Facebook: Alice Gervason.

Venda do livro:
– Espaço Excalibur – Rua São Mateus, 265 – Bairro São Mateus – Juiz de Fora – MG
– Diretamente com o autor através de suas páginas no Facebook e Instagram.

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Artur Laizo Escritor

Artur Laizo nasceu em 1960, em Conselheiro Lafaiete – MG, vive em Juiz de Fora há quatro décadas, onde também é médico cirurgião e professor. É membro da Academia Juiz-forana de Letras e da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete, Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas e presidente da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora - LEIAJF.

2 comentáriosDeixe um comentário

  • Lindo e delicado livro! Arte maravilhosa no trocadilho “Ali se vê o céu. Alice vê o infinito” !
    Ótima resenha!
    Parabéns, Alice! Parabéns, Artur!

    • Gratidão Artur pela resenha. Realmente um pouco de mim em cada verso. E na simplicidade de expressão busco compartilhar o meu eu poético. Que os leitores possam se identificar com ele.

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