Numa noite escura,
Numa praia qualquer,
Junto a mil barqueiros,
Navegantes, loucos,
Eu apareci!
E não vinha de lugar algum,
Somente trazia nas mãos
As sandálias que se arrebentaram
E vestia-me de raios de lua…
E na noite escura,
Na transparência das águas
Claras pela lua rosada,
Tornava-se mais e mais
Aquela fragrância envolvente
Aquele aroma de amor
Que de repente percebi…
E tão igual a mim você surgiu!
Rodeada de querumbins,
Com o corpo de sereia,
Os olhos do azul mais profundo
Me chamando pra você…
E nessa escuridão, com o brilho da lua
Caindo na areia cândida,
Segui nas ondas dos teus cabelos
E tão bem quanto surgimos
O mar nos tragou e nos consolidou
E assim desaparecemos!…