ESCURIDÃO – ALEXANDRE MOREIRA – RESENHA – Pão de Canela e Prosa
Pão de Canela e Prosa

ESCURIDÃO – ALEXANDRE MOREIRA – RESENHA

Título: ESCURIDAO

ISBN: 9798574933831

Segmento específico: ROMANCE

Idioma: Português

Páginas: 220

Ano de edição: 2003

Edição: 1ª

 

Autor: Alexandre Moreira

 

SINOPSE

 

No noroeste da Amazônia Brasileira, existe um lugar remoto e agreste, onde a noite dura para sempre. Um lugar de árvores seculares, gigantescas, que formam um telhado de folhas tão denso que o Sol jamais chega ao chão. Lá, não há vilas, tribos e nem rios navegáveis. Lá, os rádios e os equipamentos eletrônicos de orientação não funcionam. Os índios consideram essa região agourenta e a chamam, em sua língua, de “Terra da Noite que Devora”. Mas nativos supersticiosos não são os únicos a evitá-la. Os próprios militares responsáveis por seu patrulhamento quase nunca põem os pés lá. Não se pode culpá-los por isso. Com tanto território para cuidar, por que dar prioridade a um hostil e sombrio setor de selva, afastado da fronteira e das rotas de traficantes, no qual é tão difícil se movimentar? Essa desatenção, no entanto, não passou despercebida. Contando com a ausência de fiscalização, norte-americanos operam lá há anos. Sua missão é analisar e traficar plantas e animais que possam ter valor financeiro. Normalmente, é um negócio muito rentável, mas esse não será o caso de 2003. Escuridão é uma obra de terror – dinâmica, assustadora e surpreendente. Embora tenha tamanho de romance, sua narrativa é veloz e cativante como a de um conto. Sem qualquer pretensão de tornar-se um livro político, ele aborda, com minucioso realismo, a ação de biopiratas dentro das fronteiras brasileiras e o dia-a-dia inglório daqueles encarregados de combatê-los. Ao mesmo tempo, levanta interessantes questões sobre os mistérios ainda velados da maior floresta equatorial do planeta. A história toma, a toda hora, mudanças abruptas de direção que nunca permitem perceber qual será o próximo acontecimento. O leitor sente-se em uma alucinante montanha russa que ganha velocidade cada vez maior e vai fazendo sucessivas curvas fechadas, que não param um instante até o inesperado final.

 

RESENHA: O livro começa com o relato de uma chacina de uma tropa do exército brasileiro no meio da selva amazônica. No mesmo momento, ocorre também uma outra chacina de uma equipe de americanos que em solo brasileiro fazem biopirataria. Os brasileiros imaginam logo que os americanos são os responsáveis pela morte da sua equipe, assim como o governo dos Estados Unidos da América culpam os brasileiros sobre a morte dos pesquisadores ilegais americanos. A questão mais importante dessa contenda está no modo de defesa de ambas as equipes: Não houve um só disparo de quem quer que seja contra os atacados, somente existem provas de que as equipes, para se defenderem, usaram de grande parte de sua munição contra aquilo que as atacou. Em ambos os extermínios, percebia-se que os tiros foram dados pelas equipes atacadas de um ponto central para fora. Apesar disso, encontraram pedaços de corpos esquartejados e sem sangue. Um silêncio diferente de tudo o que já haviam percebido antes, um cheiro de amoníaco e os corpos, apesar de toda humidade natural da Amazônia, não foram atacados por nenhum inseto ou predador natural.

O Brasil pensa em se vingar da morte de seus soldados, organiza uma equipe bem treinada de homens que podem se dar bem nas condições hostis da selva. Do mesmo jeito, a América manda uma equipe de soldados bem treinados para dar cabo da equipe brasileira. Ambos pensando que uma tropa teria eliminado a outra.

O que nenhum militar de ambas as tropas esperava era encontrar o horror desde a chegada à região mais sombria da Selva Amazônica, um lugar onde não passava nenhum ser humano, nem mesmo os traficantes de drogas que vinham de países vizinhos, um lugar tão fechado pela copa das árvores que nem o sol penetrava, onde era noite por todo o tempo.

A história se desenvolve de uma forma instigante e o modo como o autor nos mostra o desvendar da trama, prende a atenção e faz com que não queiramos parar de ler. Como o autor foi membro do Exército Brasileiro por algum tempo, não economizou nos termos militares técnicos. Assim como não poupou seus personagens de dizerem palavrões que, no caso, foram muito bem encaixados nos diálogos.

O final é surpreendente! Só lendo esse fantástico livro que recomendo a todos. É uma trama muito bem feita e vale a pena ser lido.

O Autor: Nascido no Rio de Janeiro em 1972 e fã incondicional de Stephen King, Clive Barker e Jorge Amado, Jorge Alexandre Moreira foi militar durante seis anos, nos quais se formou na Academia Militar das Agulhas Negras e chegou a servir como tenente no Rio Grande do Sul. É autor de Escuridão.

Alexandre se considera, acima de tudo, um apaixonado colecionador e contador de histórias. Sempre atento quando algum relato estranho está sendo contado, ele inseriu, em “Escuridão”, relatos que ouviu de militares que estiveram em missões reais na Amazônia, na Bósnia, em Moçambique, na América Central e até na guerrilha do Araguaia. Atualmente divide seu tempo entre o trabalho, fiscalizando fraudes no mercado financeiro, na Comissão de Valores Mobiliários; o alpinismo, seu esporte do coração e novos projetos, que sua mente inquieta não para de produzir.

 

 

https://www.travessa.com.br/escuridao/artigo/f76c3e3c-e6b8-40a0-af7f-9c302d909b8e

 

https://editoras.com/jorge-alexandre-moreira/

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Artur Laizo Escritor

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