Frio! Frio! Frio!
Frio como há muito tempo não fazia frio em Juiz de Fora.
Eu, atravessando a avenida Rio Branco, correndo para ir para casa o mais rápido possível, deixei cair uma moeda que rolou pela avenida sem a mínima chance de eu pega-la.
Parei do outro lado da avenida e tentando imaginar o que houvera perdido, sucumbi-me ao irreal:
E se eu tivesse deixado cair uma moeda de um real?
Se eu – imaginando-me um exemplo de economia -, pusesse esse dinheiro em alguma aplicação financeira, talvez a poupança, rendendo 1,2% ao mês, teria eu um capital violento de milhões de reais ao fim de bilhões de anos. Seria riquíssimo e o mundo talvez, nem mais existisse.
Se no entanto, menos ávaro e mais empreendedor, eu comprasse meia dúzia de ovos, talvez uns oito – não sei quanto custa uma dúzia de ovos desde que tenho que fazer dieta – e pusesse para chocar… Não sei onde. No forno de micro-ondas chocam-se ovos? Não interessa! Se desses ovos saíssem oito galinhas que dentro de um ano começassem a botar, claro, eu teria um monte de ovos para vender – não sei quantos -, a um real e recuperaria o meu real perdido na avenida, rapidamente depois de um ano e com todos os gastos que houvera de ter tido para cuidar das minhas galinhas com mais um monte de ovos que poderiam gerar ou um real ou outras galinhas – isso sem falar nos galos e frangos que eu teria que vender e enganar o pobre do gourmé que quer um belo “molho-pardo” e por baixo das penas vê apenas um pinto e não um frango…
Talvez eu comprasse meio maço de cigarros. Poderia poluir meio pulmão. Ou será que meio-poluiria o pulmão inteiro? Ou não seria nada disso?
Quem sabe “dez-quinze avos” de uma cerveja e ficaria com alguns “avos” de embriaguez se seria um “cara” alguns dividendos mais feliz?
Saber o que faria com a minha moeda que eu não sabia se era de um real ou de um centavo de real estava me levando à loucura e eu não podia ficar ali parado correndo o risco de me levarem outros reais, e, não tinha como me arriscar a debaixo de um ônibus descobrir que a moeda era ínfima.
Que fazer? Perdido na avenida Rio Branco, tarde da noite, deixei escapar a minha moeda. Resolvi que era pequena.
Mas, mesmo pequena, e se eu jogasse no bicho?
VIU !!! CENTENAS DE OPÇÕES , MUITO FELIZ VOCÊ !!! PODIA NÃO TER OPÇÃO NENHUMA ……..
kkkkkkkk
hahahahaha de vez em quando me pego numas paranoias dessas, que, apesar de tudo, podem ter no fundo algum sentido 😛
Sempre.