IDADE – Pão de Canela e Prosa
Pão de Canela e Prosa

IDADE

idade

Ontem quando eu publiquei no Blog: “Fatos curiosos de um dia” sobre a formação da República Maloca Querida, o Marquinho[1] me questionou o fato de eu falar que o Playboy tinha cinquenta anos e era velho. O que teríamos a dizer hoje nós todos com essa faixa etária?

Respondi a ele e ao Omar[2] que não somos velhos e nem somos playboys, mas comecei a pensar na relatividade de idades.

Quando somos crianças, qualquer adulto é muito mais velho que a gente. Quando somos adolescentes, quem tem quarenta anos é velho, sessenta é muito velho e por aí vai.

Envelhecemos no nosso dia a dia. Passamos por muitas e muitas coisas no nosso crescimento e nos tornamos mais velhos que dias atrás. O tempo não para e por isso mesmo vamos caminhando juntos e quando nos damos conta, nossos filhos passaram da adolescência e já são adultos jovens, buscando suas carreiras e ganhando seu próprio sustento. Quando nos damos conta, somos avós, quiçá bisavós.

Hoje a longevidade nos dá um respaldo maior e pessoas com setenta anos ou mais estão tendo uma vida ativa, trabalhando, namorando, casando novamente, viajando, fazendo coisas que há cinquenta anos nossos avós não faziam porque se sentiam muito velhos para isso. Lembro-me de minhas avós que morreram velhinhas, incapacitadas, aos sessenta e poucos anos.

A medicina é culpada dessa longevidade, onde nos tornamos mais fortes e mais saudáveis para viver muito mais tempo em condições para continuar a luta? Não sei! Sei que há melhores condições de vida e maiores conhecimentos que nos fazem ter uma vida mais longa e melhor. Apesar de ainda ter pessoas que fumam!

O Playboy era velho aos cinquenta anos quando nós tínhamos vinte. Playboy porque na época era chique ser um garotão americano que se sentia o tal e mexia com todas as mulheres do mundo. Não tinha ninguém, mas se sentia o maioral.

Nós tínhamos vinte anos e eu, particularmente, continuo com vinte e poucos anos e alguns meses. Vou somando experiência e vivendo intensamente. Espero que meus amigos todos vivam intensamente sem ser nunca velhos, se quiserem podem até ser playboys.

[1] Marcos Antônio de Carvalho, pediatra em Belo Horizonte, meu amigo.

[2] Omar Ramos Borges, Cirurgião geral em Ibiraci MG, meu amigo.

Sobre o autor Ver todas as postagens

Artur Laizo Escritor

Artur Laizo nasceu em 1960, em Conselheiro Lafaiete – MG, vive em Juiz de Fora há quatro décadas, onde também é médico cirurgião e professor. É membro da Academia Juiz-forana de Letras e da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete, Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas e presidente da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora - LEIAJF.

4 comentáriosDeixe um comentário

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *