Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento.
Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.
Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito.
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Artur Laizo Escritor
Artur Laizo nasceu em 1960, em Conselheiro Lafaiete – MG, vive em Juiz de Fora há quatro décadas, onde também é médico cirurgião e professor. É membro da Academia Juiz-forana de Letras e da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete, Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas e presidente da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora - LEIAJF.
Dá gosto de ver o teu entusiasmo com livros. Muito bom ver.
Sempre gostei muito de livros. Leio o máximo que posso e o trabalho me permite.
Somos dois!
Uma Carta, conto, 1884.
“Celestina acordou tarde; ergueu-se ainda com o sabor das coisas imaginadas, e o pensamento no namorado, noivo próximo. Embebida na imagem dele, foi às suas abluções matinais. A escrava entrou-lhe na alcova.
— Nhã Titina…
— Que é?
A preta hesitou.
— Fala, fala.
— Nhã Titina achou na sua cesta uma carta?
— Achei.
— Vosmecê me perdoe, mas a carta era para nhã Joaninha…
Celestina empalideceu. Quando a preta a deixou só, Celestina deixou cair uma lágrima — e foi a última que o amor lhe arrancou.”
lindo