MORTE – Pão de Canela e Prosa
Pão de Canela e Prosa

MORTE

Não quero mais falar da morte!

Parece que cultivo e anseio

Pela passagem derradeira

Não quero mais desejar morrer!

Tenho que lutar pela vida

Embora não haja motivos,

esperança,

objetivos,

nada!

Não acredito, no entanto,

Que acabando com essa existência,

Resolva meus conflitos mais íntimos,

Acabe com a desilusão,

Consiga achar a luz depois do breu,

Consiga a calma, a fleugma

De desejar construir alguma coisa.

O que tive que fazer

Está pronto: – está errado!

Deixei perder cada espaço,

Cada afeto, cada beijo!

Deixei morrer tudo ao meu redor

E eu não posso mais

Na redundância

– falar da morte!

– desejar morrer!

– continuar morrendo!

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Artur Laizo Escritor

Artur Laizo nasceu em 1960, em Conselheiro Lafaiete – MG, vive em Juiz de Fora há quatro décadas, onde também é médico cirurgião e professor. É membro da Academia Juiz-forana de Letras e da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete, Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas e presidente da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora - LEIAJF.

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