Conheci o André Luiz Joaquim de Oliveira (André) através da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora – LEIAJF e comecei a ler o seu livro na 3ª Feira Literária de Rio Novo.
As poesias de André são densas, com grande conteúdo filosófico e mostrando a realidade de nosso dia a dia. De “Jogou o papel do chão… até …atirou em mim e fiquei em silêncio” quantos silêncios fizemos e deixamos que tudo acontecesse sem que interferíssemos naquilo que nos agride e nos faz mal?
“Nascemos ou fomos nascido?
Viver é imposto.
Da rua ou da janela
Tudo passa.
Seguimos ou perseguimos.
Rebanho ou passarinho.
Da vida não se entende,
Apenas que se faz o dia após o dia.”
A poesia representa a ideia de que não somos livres para viver nossa própria vida se não acordarmos para ela. “Só a mentira não muda: Que somos livres!”
Depois ele questiona “Deus ou nada”
“Onde estará o pai ou a mãe da criação?
Podemos ser órfãos?
Estará em tudo?
Em nossa imaginação?
Ou em algum lugar paralelo do universo?
Ou será o universo?
Saberá Ele que é nosso pai?”
A poesia de André enche-nos de questionamentos importantes sobre nossas vidas e o que queremos fazer dela.
“O fim da ilusão
Na juventude somos o centro do universo.
Quando passa o tempo vemos a verdade.
Onde belos jovens se tornam simples operários.
A vida pode ser muito previsível.
…
Eu só tenho uma caneta cuja tinta é sangue e um rifle guardado.
Até quando o segundo ficará em silêncio?”
O livro “O RISCO DO SILÊNCIO – POESIA ENGAJADA” faz parte hoje dos meus livros de poesias preferidos e recomendo que todo mundo que goste de poesias procure conhece-lo.
Vale a pena ler “O risco do silêncio”.