Com o “Filósofo” a história foi diferente, mas em semelhante viagem: Projeto Rondon no norte de Minas Gerais.
Ele contou que depois de viajarem algumas horas, já com alguns tijolos expirados – devido à poeira na estrada -, a dor nas costas e quase um mal humor, ao que ele não era dado, conseguiu dormir um pouco;
Sonhou com alguma coisa, não sabe mais o que, nem onde e a jardineira comia pó pelo sertão. O calor insuportável fazia com que todos do veículo se sentissem um pouco nauseados e cansados de tanto tempo perdido no caminho.
Talvez a vida não seja tão dura para os habitantes daquela região que só conhecem aquele tipo de vida…
Sol do norte de Minas, sacolejar do ônibus, mal estar, sonolência…
O “Filo” foi acordado com a parada do veículo no meio do nada. Olhou para fora e viu um posto de gasolina, nenhuma casa, talvez nenhum ser humano. Procurou, não viu, esperou e, de repente, viu entrar pelo ônibus o auxiliar de viagem com uma pá cheia de terra.
Ele ainda pensou: Ele está entrando com uma pá de terra, não está saindo. Que isso?
Levantou-se ante a passagem do rapaz e acompanhou-o com os olhos. No penúltimo banco, a mãe de uma criança de mais ou menos sete anos de idade se levantou e o trocador jogou a terra em cima do vomitado da criança que aí, fedia.
Olhou pra frente, empunhou a pá como uma espingarda e gritou:
– Aí, “motô”, pode continuar a “viagem”!
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É DURO , SÓ RINDO !!!!!!!!!
kkkkk