BIENAL DO RIO DE JANEIRO – PARTE 2 – Pão de Canela e Prosa
Pão de Canela e Prosa

BIENAL DO RIO DE JANEIRO – PARTE 2

A BIENAL DO DE JANEIRO acabou hoje para mim.
O que eu trouxe de positivo? Muitos novos amigos, muita informação e muito horizonte aberto à minha frente.
Fui recebido na minha casa, a LITTERIS EDITORA, com um calor humano sensacional. Os autores são parte da Editora e o trabalho é primoroso.
Logo que se entra no Estande, uma foto com a capa do meu livro no alto, iluminada, mostra o carinho pelo DIÁRIO DO CONFINAMENTO.
O livro foi elaborado em formato de crônicas e eu escrevi e publiquei no meu Blog, 30 crônicas em 123 dias. Nessas crônicas eu expressava todo o meu sentimento do dia – medo, angústia, tristeza e incerteza pelo desconhecido -, contava alguma coisa que estivesse acontecendo no mundo e no país e abria o capitulo com a estatística de contaminados e mortos no mundo, no Brasil, em Minas Gerais e em Juiz de Fora. O trabalho foi muito bom e acabou virando um livro.
Algumas pessoas passaram para me ver ontem na hora do Lançamento e hoje que eu permaneci no estande todo o tempo se interessaram pelo livro.
A BIENAL é muito grande. São vários estandes em várias ruas e, por mais que a pandemia ainda tenha influenciado essa edição, muita gente está expondo suas obras e muita gente com sede de informações e cultura estão adquirindo obras das mais variadas.
Há estandes que vendem qualquer livro a “dez real” ou até mesmo a cinco, mas é jogada comercial e eu também acho ótimo que tenha esse preço baixo. Há pessoas com muito pouco que não podem adquirir um livro mais caro, mas talvez seja naquele que ela comprou “a buon mercato” que vai incentivar a sua leitura ou lhe dar a informação que necessita. Os alunos das escolas municipais receberam um cartão de crédito para compras na bienal com um valor pequeno, mas que nessas bancas baratas, esses alunos adquirem livros muito bons.
A estrutura da Bienal é uma coisa muito interessante. Há os estandes distribuídos em ruas com numeração. É fácil você chegar no endereço que precisa. Nas laterais, de um lado e outro, banheiros e alguns trailers de petiscos pequenos – tinha um cone de coxinha de galinha excelente! – e setores de informações, médico, etc. Tudo aquilo que se faz necessário dentro dos pavilhões. Aí você sai para a praça de alimentação. Tem de tudo. Comida japonesa, italiana, brasileira, mineira – mineira é sempre melhor -, sanduíches, salgadinhos, pastelaria – senti falta de uma loja de doces -, mas enfim, apesar do preço, não se passa fome nesse lugar.
E aí tem gente! Tem gente fantasiada. Eu mesmo quando estou com meus livros de vampiro, normalmente estou a caráter. Tem bonecos vivos andando por ali. Tem gente muito bem vestida. Tem gente muito mal vestida. Esse ano uma coisa todos tinham em comum: uso obrigatório de máscaras. Tem famílias passeando, casais de namorados, grupos de amigos. Tem editoras que investem em cenários, outras em decoração.
Há sempre nomes importantes que atraem um público maior e há aquele escritor iniciante do subúrbio que tem o mesmo prazer de exibir seu trabalho e tirar uma foto quando vende um livro.
A Bienal é isso: uma enorme feira literária onde todos são iguais.
As feiras literárias que acontecem em vários locais e cidades são em dose infinitamente menor que uma bienal, mas fazem um bem enorme. Eu estou louco para entrar em 2022 e começar a participar dessas feiras de interior que vão trazer novo gás para nossa vida de escritor.
A literatura permite tudo isso. Feliz aquele que escreve e consegue passar para o papel aquilo que pensa e imagina.
Até a BIENAL DE SÃO PAULO.

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Artur Laizo Escritor

Artur Laizo nasceu em 1960, em Conselheiro Lafaiete – MG, vive em Juiz de Fora há quatro décadas, onde também é médico cirurgião e professor. É membro da Academia Juiz-forana de Letras e da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete, Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas e presidente da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora - LEIAJF.

2 comentáriosDeixe um comentário

  • Agradável descrição da Bienal do Livro que vai atrair leitores e escritores que não a conhecem e que talvez nunca tenham participado de uma Feira de Livros a que façam esta visita tão motivadora para a leitura.

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