TULIPAS – MARIA APARECIDA REZENDE LACERDA – RESENHA – Pão de Canela e Prosa
Pão de Canela e Prosa

TULIPAS – MARIA APARECIDA REZENDE LACERDA – RESENHA

TULIPAS
Autor: MARIA APARECIDA REZENDE LACERDA
Editora: Gryphon Edições
Ano de publicação: 2020
ISBN: 978-85-66938-47-5
Páginas: 64
Gênero: Poesias
Coleção Poesia em flor nº 5

O livro faz parte de uma coleção de dez poetas a quem foi destinada uma flor para cada um. O livro do Marcelo traz na capa o girassol. A imagem da capa é de Érika Santos com a supervisão de arte do artista plástico juiz-forano Petrillo.
A impressão foi feita em papel offset 90g e a capa em papel supremo 250g. A edição da coleção está primorosa como todos os trabalhos da Gryphon Edições.

Resenha:
“Hoje você me trouxe rosas/ mas, eu confesso/ prefiro tulipas”… Aparecida abre seu livro com esse poema “TULIPAS” onde o eu lírico prefere tulipas para usar as cores das flores e a força dos caules para se reerguer do passado onde espinhos das rosas feriram, trouxeram dor e lágrimas. A sensibilidade da poeta é incrível e ela faz sempre um jogo de palavras perfeito para dizer o que quer.
Solidão é outro ponto importante na sua escrita e ela o demonstra quando diz que “apenas o tique-taque monótono/ do relógio/ e as batidas repetidas do meu coração,/ como uma canção de ninar/ tentam me fazer dormir.” ou então no poema “CHUVA” onde a comparação entre as lágrimas que escorrem na face são semelhantes às gotas da chuva que escorrem na vidraça.
A poeta diversifica sua poesia no apelo a Deus para que acabe com as queimadas que destroem nosso país. No poema “MILAGRE” ela pede a Ele que afaste de nós esse cálice e “inverte agora o milagre,/ transformando o vinho em água”.
Aparecida fala ainda da morte. No poema “FLORES DE FINADOS”, caminhamos junto com ela em um cemitério de lápides frias e cheio de flores ressequidas e abandonadas, logo a seguir, em “LÁGRIMAS E VIOLETAS” é feita uma homenagem à sua saudosa irmã: as violetas lembram a irmã e escondem as lágrimas da saudade para que ela não a veja triste de onde estiver.
A poesia de Aparecida Lacerda é romântica, ela escreve com metáforas lindas que nos incluem no cenário do poema. Estamos ora dentro das queimadas, ora no cemitério, ora em qualquer lugar onde o eu lírico, forte e seguro de si, expõe seus sentimentos mais profundos. O amor é o sentimento mais forte e presente nos poemas desse livro lindo. E é justamente o amor que carrega todas as outras situações apresentadas: decepção, solidão, companheirismo e gratidão.
No poema “GRATIDÃO” ela agradece a Deus por ter o que tem e agradece por ser quem é. Ela é uma pessoa com a sensibilidade aflorada e tem a sabedoria para externá-la em versos tão belos.

A AUTORA:

MARIA APARECIDA REZENDE LACERDA é natural de Cataguases – MG, residindo em Juiz de Fora. É autodidata e escreve desde criança. Publicou “NÃO APAGUE A LUZ AINDA” – contos, “FRAGMENTOS DA ALMA” – poesia, participou da coletânea “JUIZ DE FORA AO LUAR” volumes 2 e 3 e “POETIZE”. É membro da Academia Juiz-forana de Letras, da Academia de Letras da Manchester Mineira e da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora – LEIAJF.
Contato: marezendeladcerda@gmail.com

Venda do livro:
– Espaço Excalibur – Rua São Mateus, 265 – Bairro São Mateus – Juiz de Fora – MG
– Diretamente com o autor através de suas páginas no Facebook e Instagram.

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Artur Laizo Escritor

Artur Laizo nasceu em 1960, em Conselheiro Lafaiete – MG, vive em Juiz de Fora há quatro décadas, onde também é médico cirurgião e professor. É membro da Academia Juiz-forana de Letras e da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete, Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas e presidente da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora - LEIAJF.

2 comentáriosDeixe um comentário

  • Artur , sua resenha sobre o meu livro Tulipas é uma verdadeira leitura da minha alma! Agradeço a leitura e a resenha tão linda e verdadeira sobre o que escrevi. Você tem a capacidade de analisar e retratar a nossa escrita com o coração e com o seu grande conhecimento da literatura em geral. Obrigada !

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