PRISÃO – Pão de Canela e Prosa
Pão de Canela e Prosa

PRISÃO

Soltas as asas, cortadas as penas,
A vida está presa por grilhões fortes,
Que mesmo sem grades, sentido apenas,
Os sonhos são sonhos, cheios de mortes.

Não faz mais sentido, coisas amenas,
Atadas a ferros, perdem-se os nortes,
Buscam-se espaços e vidas terrenas,
Mas, não há vida, talvez, sem suportes.

E nos braços carregas tantas dores,
Carregas fardos, carregas amores,
E não podes andar, não podes ser,

Não podes voar, nem mesmo sumir,
Não podes correr, não podes dormir,
Podes querer, sonhar, mas jamais ter!

            

Sobre o autor Ver todas as postagens

Artur Laizo Escritor

Artur Laizo nasceu em 1960, em Conselheiro Lafaiete – MG, vive em Juiz de Fora há quase quatro décadas, onde também é médico cirurgião e professor. É membro da Academia Juiz-forana de Letras e da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete e presidente da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora - LEIAJF.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *