Soltas as asas, cortadas as penas,
A vida está presa por grilhões fortes,
Que mesmo sem grades, sentido apenas,
Os sonhos são sonhos, cheios de mortes.
Não faz mais sentido, coisas amenas,
Atadas a ferros, perdem-se os nortes,
Buscam-se espaços e vidas terrenas,
Mas, não há vida, talvez, sem suportes.
E nos braços carregas tantas dores,
Carregas fardos, carregas amores,
E não podes andar, não podes ser,
Não podes voar, nem mesmo sumir,
Não podes correr, não podes dormir,
Podes querer, sonhar, mas jamais ter!
Belo piema!
Parabéns