Queria, com certeza, queria
Sentir agora
Roçar-me nas costas tuas mãos
Dizendo-me que chegaste,
– eu distraído a escrever-
E que estás pronta ao amor…
A princípio, arrepiar-me-ias,
E eu tentaria em vão,
Não mostrar-te que te soube perto,
Não demonstrar-te quanto te quero.
Manter-me-ia imóvel,
Para que tu continuasses
A tocar cada parte do meu corpo,
Corpo que conheces bem,
Até explodir a caldeira já quente,
Quando não conseguisse mais,
E ambos como numa guerra,
Encontrarmo-nos na paz do amor!
Coisas da Noite, 1997:25.
Excelente! Quem não quer? Somos humanos e sempre queremos algo que nos faça bem.