A bebida na mesa me olhando sorrindo,
Esperando acabar com a dor da minha alma,
Incentiva o primeiro contato, servindo
Como alento, trazendo-me paz, calor à alma.
O álcool desce redondo, queimando e invadindo
Todo o ser que, privado de luz, vive o trauma
De não ter mais ninguém nessa noite sorrindo
Ao seu lado, não tem mais ninguém, nem viv’alma.
E a bebida descendo evapora na mente
Acalmando a tristeza trazendo conforto,
E mais uma e mais outra ingesta somente,
Leva os sonhos, retorna a tristeza, meu porto,
O lugar onde eu vivo e onde eu, um demente,
Não percebo que o alcool, me deixa mais morto.