MORTO – Pão de Canela e Prosa
Pão de Canela e Prosa

MORTO

A bebida na mesa me olhando sorrindo,
Esperando acabar com a dor da minha alma,
Incentiva o primeiro contato, servindo
Como alento, trazendo-me paz, calor à alma.

O álcool desce redondo, queimando e invadindo
Todo o ser que, privado de luz, vive o trauma
De não ter mais ninguém nessa noite sorrindo
Ao seu lado, não tem mais ninguém, nem viv’alma.

E a bebida descendo evapora na mente
Acalmando a tristeza trazendo conforto,
E mais uma e mais outra ingesta somente,

Leva os sonhos, retorna a tristeza, meu porto,
O lugar onde eu vivo e onde eu, um demente,
Não percebo que o alcool, me deixa mais morto.

            

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Artur Laizo Escritor

Artur Laizo nasceu em 1960, em Conselheiro Lafaiete – MG, vive em Juiz de Fora há quatro décadas, onde também é médico cirurgião e professor. É membro da Academia Juiz-forana de Letras e da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete, Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas e presidente da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora - LEIAJF.

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